terça-feira, 17 de novembro de 2009

Introdução


Mostrar que a amazônia não passa de uma simples floresta tropical, nela existem grandes tesouros naturais que a maioria das pessoas desconhece e um deles estará sendo divulgando neste blog como, por exemplo, o fantástico mundo das orquídeas.


NA AMAZONIA EXISTE UMA GRANDE VARIEDADE DE PLANTAS ,E UMA DAS MAIS EXUBERANTES E MAIS PROCURADAS SÂO AS ORQUIDEAS QUE SÂO CONSIDERADAS GRANDES TESOUROS NATURAIS , POIS NOS ENCANTAM COM SUA GRANDE VARIEDADES DE CORES E QUALIDADES.

Estima-se que existem mais de 35 mil espécies. Na Amazônia, já foram catalogadas 709 delas genuinamente paraenses.
As orquídeas ESTÂO ORGANIZADAS EM MAIS DE 1.800 GÊNEROS, SUBDIVIDIDOS EM TORNO DE 35.000 ESPÉCIES.

Objetivo

Com base nos meus conhecimentos do curso básico e interesse em conhecer e descobrir sobre o fantástico mundo das orquídeas, e com a ajuda do Windows movie Maker, shareaza e com ajuda de minha professora construí este blog.

História


Quem vê a floresta amazônica lá do alto, logo a descreve como um mundo verde. Muitos ignoram a variedade de tons escondidos entre as árvores gigantescas. Famosas pela beleza de suas formas e cores, as orquídeas são encontradas em quase todos os países do mundo.

Apesar da diversidade, a coleta indiscriminada e a devastação de seu habitat ameaçam a sobrevivência das orquídeas amazônicas. Algumas espécies, típicas das áreas de várzea da Região Metropolitana de Belém, hoje, são raramente vistas em ambientes naturais. São encontradas somente em orquidários particulares. "Pouco tem sido feito para reverter esse quadro desolador, apesar da unanimidade quando se fala da beleza e da importância ecológica das orquídeas".

As orquídeas da Amazônia têm potencialidade para se tornar um agro negócio rentável, mas seu cultivo comercial precisa superar alguns desafios como a grande extinção de muitas espécies ameaçadas de desaparecer por causa de todo desmatamento que está ocorrendo na Amazônia.

Conservação da biodiversidade de orquídeas da Amazônia


As orquídeas são espécies belas e algumas raras. Conhecidas na sua maioria como espécies que habitam a parte aérea das árvores (galhos, troncos), estão sendo ameaçadas devido à grande pressão que as florestas vêm sofrendo.
Pensando na defesa da biodiversidade, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, através do Bosque Rodrigues Alves – Jardim Botânico da Amazônia, Universidade Federal do Pará (UFPA) e Petrobrás, estão desenvolvendo o projeto “Conservação da Biodiversidade de Orquídeas Amazônicas”.


O projeto prevê a propagação de orquídeas em laboratório. Após esta fase, elas são levadas para um viveiro, especialmente construído na Granja Modelo, acondicionadas e cultivadas. Quando as mudas estiverem plenamente desenvolvidas, a produção será usada em projetos de enriquecimentos de áreas, reflorestamento de áreas degradadas e exposições No Bosque as orquídeas farão parte das coleções especiais de plantas Amazônicas e estarão permanentemente expostas na casa de exposição, implantada na área do antigo orquidário.
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Vamos cultivar orquídeas ?

A orquídea pertence a uma família de plantas, subdividida em cerca de 1.800 gêneros e a cada gênero de uma a centena de espécies. O número total de espécies oscila em torno de 35.000, espalhadas pelos quatro cantos do mundo.

Habitat
De acordo com o lugar de origem, as orquídeas são classificadas como Epífitas, Terrestres ou Ripícolas.


EPÍFITAS - é a maior parte das orquídeas. Vivem grudadas em troncos de árvores, mas não são parasitas, pois realizam a fotossíntese a partir de nutrientes absorvidos pelo ar e pela chuva. Portanto, ao contrário do que se pensa, não sugam a seiva da árvore.

TERRESTRES - são as que vivem como plantas comuns na terra.

RUPÍCULAS - são as que vivem sobre rochas.

Plantio
A maior parte das orquídeas pode ser plantada em vasos de barro ou plástico, cujo tamanho deve ser o menor possível. Vaso grande pode reter demais a umidade, causando apodrecimento das raízes.

REGRAS PARA O PLANTIO
1 - Coloque uma camada de pedra no fundo do vaso (2 a 3 dedos) para permitir a rápida drenagem do excesso de água.

2 - Complemente com xaxim desfibrado. Se houver pó, jogue o xaxim em uma balde com água para dispersar o pó. Jamais use o "pó de xaxim" vendido no comércio. As necessitam de arejamento.
3 - Deixe a traseira encostada na beira do vaso e espaço na frente para dar lugar a novos brotos. Comprima bem o xaxim para firmar a planta. Se necessário, coloque uma estaca para melhor sustentação.

OBSERVAÇÕES
Há orquídeas que dificilmente se adaptam dentro de vasos. Nesse caso, o ideal é planta em tronco de árvore ou casca de peroba ou palito de xaxim, protegendo as raízes com um plástico até a sua adaptação. Alguns exemplos dessas espécies são: C. walkeriana, C. schilleriana, C. aclandiae, a maioria dos Oncidiuns, Leptotes, Capanemias.

TEMPERATURA
A maior parte se adapta bem a temperaturas entre 15 e 25 graus centígrados. Entretanto, há orquídeas que suportam temperaturas mais baixas, como Cymbidium, Odontoglossum, Miltônias colombianas, todas nativas de regiões elevadas. Outras já não toleram o frio. E o caso das orquídeas nativas dos pântanos da Amazônia, como. C. áurea, C. eldorado, C. violácea, Diacrium, Galeandra, Acaccalis. Assim, devemos cultivar orquídeas que se aclimatem no lugar em que vão ser cultivadas. Caso contrário, o fracasso é certo Felizmente.

ÁGUA E UMIDADE
A umidade relativa do ar (quantidade de vapor d'água existente na atmosfera) nunca deve estar abaixo de 30%, caso contrário, as plantas se desidratarão rapidamente. Em dias quentes, a umidade relativa do ar é menor. Por isso é necessário manter o ambiente úmido e molhar não apenas a planta, mas também o próprio ambiente. Num jardim, com muitas plantas e solo de terra a umidade relativa é bem maior do que numa área sem plantas com piso de cimento,
OBSERVAÇÃO: Nunca molhe as plantas quando as folhas estiverem quentes e pela incidência de luz solar. Molhe pela manhã ou fim da tarde, quando o sol estiver se pondo.Se precisar molhar durante o dia, espere uma nuvem cobri o sol por cerca de 10 minutos para que as folhas esfriem . Somente, então, borrife as folhas, pois umedecê-las é extremamente benéfico. Mas não encharque o vaso, pois as raízes podem apodrecer.
O ideal é manter as plantas sob uma tela SOMBRITE de 50%. Assim elas receberão claridade em luz difusa suficiente para realizarem a sua função vital que é a fotossíntese. Se as folhas estiverem com cor verde garrafa, é sinal que estão precisando de mais luz. E se estiverem com uma cor amarelada, estão com excesso de luz. Existem orquídeas que exigem mais sombra: é o caso das micro-orquídeas, Paphiopedilum, Miltônias colombianas. Há outras que exigem sol direto, como a Wanda teres e Renanthera coccinea que se estiverem sob uma tela, poderão crescer vigorosamente, mas dificilmente darão flor. Há outras que também exigem sol direto como C., warscewiczii, C. percivaliana, C. lueddemanniana, Cyrtopodium pelas simples razão de ser esse o modo como vivem nativamente.
Imagem10 As orquídeas necessitam de alimento como qualquer outra planta. Quanto o adubo for líquido, dilua um mililitro (é igual a um centímetro cúbico) em um litro deágua. Uma seringa de injeção é um medidor prático. Quando for sólido, mas solúvel em água, dilua uma colher de chá em um litro de água numa freqüência de uma vez por semana. Essas soluções podem atuar como adubo foliar, mas nunca aplique durante o dia, pois os estômatos (minúsculas válvulas) estão fechados. Faça-o de manhã, antes de o sol nascer, ou no fim da tarde, molhando os dois lados das folhas (o número de estômatos é maior na parte de baixo das folhas).

PRAGAS E DOENÇAS
Plantas bem cultivada, isto é, com bom arejamento, boa iluminação, em um local de alta umidade relativa e bem alimentada, dificilmente estão sujeitas a pragas e doenças. Falta de arejamento e de iluminação podem ocasionar o aparecimento de pulgões e cochonilhas (parece pó branco) podem ser eliminados por catação manual ou com o uso de escova de dente molhada com caldo de fumo. Planta encharcada pelo excesso de água ou submetida a chuvas prolongadas pode ser atacada por fungos e/ou bactérias, causando manchas nas folhas e/ou apodrecimento de brotos novos. No comércio existem muitos tipos de fungicidas e inseticidas, mas o manuseio requer cuidados especiais, pois são tóxicos para o ser humano e para outros seres vivos. Deixamos aqui a velha receita caseira do caldo de fumo que não é nocivo e é fácil de preparar. Ferva 100 g de fumo de rolo picado em um litro e meio de água, acrescente uma colher de chá de sabão de coco em pó e borrife as plantas infectadas.

QUANDO PLANTAR E REPLANTAR
O Plantio deve ser feito quando a planta estiver emitindo raízes novas, o que se percebe pelas pontas verdes, não importando a época, inverno ou verão. Quando for dividir a planta, a muda deve ter no mínimo três bulbos, tendo-se o cuidado de não machucar as raízes vivas, o que se consegue molhando-as, pois ficam mais maleáveis. Sempre flambeie com uma chama (de um isqueiro, por exemplo) o instrumento que vai usar para dividir a planta por vírus. No caso de orquídea monopodial, como Wanda, Renanthera, Rynchostylis e outras, que soltam mudas novas pelas laterais, deve-se esperar que emitam pelo menos duas raízes, para então separar da planta mãe.

FLORAÇÃO
De um modo geral, cada espécie tem sua época de floração que é uma vez por ano, pois, se não florescer nessa época, é porque há algo errado com a planta. Por exemplo, em Janeiro , temos a floração da C. granulosa, C. bicolor, C. guttata. Em abril , temos a C. violácea, C. luteola, L. perrine, C. bowringiana. Em Novembro temos C.warneri, L. purpurata, C. gaskeliana. Existem orquídeas, como certas Wandas, que , bem tratadas, chegam a florir duas a três vezes por ano . O mesmo ocorre com híbridos cujos pais têm épocas diferentes de floração.

Espécies em extinção















































































Lamentavelmente uma notícia muito triste que não gostaria de informar! Muitas, mas muitas, entre outras famílias da flora brasileira, estão na lista de extinção publicada no DOU do dia 24/09/2008, segundo estudo esta "lista foi fruto do Convênio Ibama/Fundação Biodiversitas nº 46/2005 que teve como objetivo a realização de pesquisas e estudos que subsidiaram a atualização da Lista da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção, a partir de várias discussões coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente. Houve um aumento significativo do número de espécies em relação à lista anterior (Portaria Ibama nº 37/1992), isso não só pela degradação ambiental, mas principalmente pelo aumento do conhecimento sobre a flora brasileira pelos trabalhos da comunidade científica". Segundo o diretor da Diretoria de Uso da Biodiversidade e Florestas, Antônio Carlos Hummel, “a publicação dessa lista fornecerá subsídios importantes para as ações de políticas públicas dos órgãos ambientais e de comando e controle”.


Abaixo relacionamos a lista de Orquídeas em extinção e onde são localizadas:


Campylocentrum pernambucense Hoehne AL, PE - Mata Atlântica

Catasetum uncatum Rolfe (Rabo-de-tatu) PE Mata Atlântica
Cattleya dormaniana Rchb.f. RJ Mata Atlântica
Cattleya granulosa Lindl. AL, BA, ES, PB, PE, RN Mata Atlântica
Cattleya labiata Lindl. AL, CE, PB, PE, SE Caatinga /Mata Atlântica

Cattleya schilleriana Rchb.f. BA, ES Mata Atlântica
Cattleya tenuis M.A.Campacci & P.L.Vedovello BA Caatinga
Cattleya velutina Rchb.f. ES, MG, RJ, SP Mata Atlântica
Cattleya warneri T.Moore BA, ES, MG Mata Atlântica
Chaubardia heloisae (Ruschi) Garay ES Mata Atlântica
Cleistes carautae Toscano Brito & Leon MG Mata Atlântica Constantia cipoensis Porto & Brade MG Cerrado
Constantia microscopica F.E.L.Miranda MG Cerrado
Galeandra curvifolia Barb.Rodr. PA Amazônia
Habenaria itacolumia Garay MG Cerrado
Masdevallia gomesiiferreirae Pabst PE Mata Atlântica
Pabstia schunkiana V.P.Castro ES Mata Atlântica
Phragmipedium lindleyanum (Sapatinho) (R.H.Schomb. ex Lindl.) Rolfe AL, BA, PE Caatinga /Mata Atlântica
Phragmipedium vittatum (Sapatinho) (Vell.) Rolfe DF, GO, MG, PR, RJ, SP Cerrado /Mata
Atlântica
Pleurothallis go imagem mesiiferreirae Pabst AL, PE Mata Atlântica
Pseudolaelia cipoensis Pabst MG Cerrado
Pseudolaelia citrina Pabst ES, MG Mata Atlântica
Scuticaria itirapinensis Pabst SP Cerrado
Sophronitis brevipedunculata (Cogn.) Fowlie MG Cerrado
Sophronitis endsfeldzii (Pabst) van den Berg & M.W.Chase MG Cerrado
Sophronitis fidelensis (Lélia-de-são-fidelis) (Pabst) C.Berg & M.W.Chase RJ Mata Atlântica
Sophronitis jongheana (Lélia) (Rchb.f.) van den Berg & M.W.Chase MG Cerrado /Mata
Atlântica
Sophronitis kautskyi (Pabst) van den Berg & M.W.Chase ES Mata Atlântica


Sophronitis lobata (Lindl.) van den Berg & M. W. Chase RJ Mata }?Atlântica.

Sophronitis perrinii (Lindl.) van den Berg & M. W. Chase ES, MG, RJ Mata Atlântica
Sophronitis tenebrosa (Rolfe) van den Berg & M.W.Chase BA, ES Mata Atlântica
Sophronitis virens (Lindl.) C.Berg & M.W.Chase ES, MG, RJ Mata Atlântica (Lélia-verde)
Sophronitis xanthina (Lindl.) van den Berg & M. W. Chase BA, ES Mata Atlântica
Thelyschista ghillanyi (Pabst) Garay BA Caatinga.


O que fazer?

É preciso um trabalho conjunto e intensivo das associações orquidófilas no Brasil com os órgãos de preservação ambiental, incluindo o IBAMA, SEMACE, EMBRAPA e Ministério do Meio Ambiente no sentido de financiarem laboratórios de semeadura, objetivando repor estas orquídeas na Mata Atlântico e cerrado. Uma conscientização maior nas escolas e faculdades. Mais do que isto, um monitoramento de preservação das áreas ainda intocáveis. Leis mais severas para quem retira e comercializa plantas da natureza, exceção para trabalho técnico-científico. Não adquirir plantas que venham da mata e denunciar aos órgãos competentes. O que não podemos é deixar nossas orquídeas virarem dinossauros.



Conclusão

Neste blog eu aperfeiçoei ainda mais meus conhecimentos sobre as
orquídeas, conclui que as orquideas devem ter o maior cuidado
tanto no seu plantiu, quanto na sua preservação da biodiversidade.
E pude ter a oportunidade de conhecer novas espécies de orquídeas
que estão espalhadas pelo mundo .